A CUT São Paulo repudia a atitude da Abril Educação, do Grupo Abril, que demitiu dois dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores em Editoras de Livros (Seel).
Os trabalhadores Joseval Fernandes, diagramador com mais de 30 anos de empresa, e Aparecido Araújo, com 26 anos de editora e responsável pelo banco de imagens, foram dispensados numa atitude arbitrária e ilegal, na qual a Abril rasgou, de uma só vez, a CLT, a Constituição Federal e, ainda, a Convenção 135 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Mesmo contrariando toda a legislação que garante estabilidade aos dirigentes sindicais, a Abril Educação ainda tenta se justificar alegando, por meio de nota, que consultou o Ministério do Trabalho para avalizar as demissões.
A CUT São Paulo presta sua solidariedade e total apoio aos trabalhadores demitidos, ressaltando que a medida tomada pela empresa escancara uma prática antissindical sórdida que afeta não só os dirigentes do Seel, mas também a organização da categoria como um todo.
Trata-se de um disparate que deveria envergonhar a Abril Educação, uma das maiores empresas brasileiras no ramo da edição de livros didáticos, num fato comparável apenas às perseguições sofridas nos tristes anos da ditadura no passado – e totalmente inaceitável na democracia plena vivida atualmente em nosso país.