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Ato do Dia Mundial da Saúde: menos institucionalização e mais ação

Nesta terça-feira (10/4), centro da capital paulista foi tomado por cerca de 2 mil manifestantes de mais de 60 movimentos e entidades sociais, dentre eles o SinPsi e a CUT/SP, no ato unificado do Dia Mundial da Saúde: em defesa do SUS e contra a privatização, a terceirização e a venda dos leitos hospitalares. A proposta da mobilização foi de denúncia do sucateamento da saúde pública e de defesa do direito à Saúde para todos.

O ato fez concentração na Praça da Sé e depois seguiu em passeata até a Praça Patriarca, ao lado do prédio da Prefeitura Municipal, local escolhido estrategicamente para que os manifestantes protestassem contra a política de saúde pública vigente, que privilegia privatizações.
Para o presidente do SinPsi, Rogério Giannini, o evento conseguiu reunir muita gente de diferentes movimentos de Saúde e levantou a ideia de um novo crescimento da participação popular.
“Com a criação do SUS, a área da Saúde acabou perdendo energia de participação, pois a conquista estava feita. Agora precisamos de mais participações intensas e reivindicatórias, para evitar o sucateamento desse sistema. É como disse uma senhora: precisamos fazer plantões nos serviços de Saúde. Vamos partir para uma participação mais direta e menos institucionalizada. Vamos fiscalizar pessoalmente”, sugeriu.
Criado em 1988, o Sistema Único de Saúde (SUS) coloca a Saúde como direito universal e dever do Estado, sendo 100% público, estatal e de qualidade. Então, para o SinPsi, há duas questões relevantes nesse debate: primeiro, pelo que o profissional da Saúde está lutando? Pela garantia da Saúde como direito universal da população brasileira. Saúde deve ser pública e integral, jamais comercializada. Em segundo lugar, o que queremos? Impedir a promoção da política de desmonte da saúde pública pela prefeitura e pelo governo de São Paulo, que joga o papel principal dos problemas de Saúde no atraso do SUS e no desmonte dos serviços, terceirizando-os.
“A presença de diversos sindicatos, de várias regiões do estado de São Paulo, noato público de hoje caracteriza o grau de amplitude e unidade que alcançamos nesse debate. Saúde para todos é um direito constitucional e não mera mercadoria”, disse o presidente do SinPsi.
Na ocasião, os movimentos sociais também pediram pela abertura imediata da CPI do Hospital Sorocabana, para apurar o desvio de cerca de 200 milhões de reais do SUS e o apoio ao abaixo-assinado contra o PL 4.330/04, do deputado Sandro Mabel, que propõe a terceirização e a privatização dos serviços públicos.

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