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Aumento de ônibus em SP tem mais impacto sobre famílias pobres, diz Dieese

O provável aumento da passagem de ônibus na capital paulista em dezembro, de R$ 2,70 para R$ 2,90, vai representar um acréscimo de 0,22% na inflação no município de São Paulo, segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A possibilidade de reajuste foi confirmada pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM).

O cálculo da coordenadora de pesquisa de preços do Dieese, Cornélia Nogueira Porto, indica o impacto do aumento no bolso das famílias. Ela avalia que a elevação prejudicará principalmente as pessoas de menor renda, cerca de um terço da população, que utilizam mais o transporte coletivo que o individual.

O prefeito alega que a decisão definitiva em relação às tarifas é sempre tomada no final do ano pela Secretaria Municipal dos Transportes. Disse ainda que o novo valor na peça orçamentária é somente uma projeção. “Poderemos até ter um aumento em dezembro – se tiver não sabemos quanto –, mas poderemos não ter”, afimou o prefeito.

O reajuste de 7,4% é bem superior à inflação prevista para 2010, estimada em 5,05% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE. O aumento na tarifa será o segundo em menos de um ano. O último foi em 1º de janeiro, quando a passagem aumentou de R$ 2,30 para R$ 2,70.

A proposta de orçamento para 2011, entregue à Camara dos Vereadores nesta quinta-feira (30), também prevê o aumento dos recursos que serão repassados para as empresas de ônibus em forma de subsídios para R$ 600 milhões.

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