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Centrais vão a Brasília e preparam abaixo-assinado contra reforma

Sindicalistas têm encontros com presidentes da Câmara e do STF, além do procurador-geral do Trabalho. Na pauta, Previdência e MP do financiamento sindical

Representantes de centrais vão se reunir amanhã (2) com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para tratar da “reforma” da Previdência e da medida provisória sobre financiamento sindical. A agenda em Brasília inclui ainda encontros com o procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Fleury, e no dia seguinte com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli. A MP 873, editada há um mês, tem ações de inconstitucionalidade aguardando julgamento na Corte.

Os sindicalistas vão reafirmar que a medida visa a “destruir” as entidades que representam os trabalhadores. A MP proíbe cobrança de contribuições sindicais em folha de pagamento, permitindo apenas o uso de boleto, após autorização individual de cada trabalhador. Dezenas de entidades já conseguiram liminares judiciais para permitir o desconto em folha.

Na quinta-feira, representantes das centrais vão lançar um abaixo-assinado contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6, da Previdência. O ato está marcado para as 10h, na Praça Ramos de Azevedo, região central de São Paulo. As entidades também vão distribuir cartilhas sobre a “reforma”, além de divulgar uma calculadora elaborada pelo Dieese por meio da qual o trabalhador pode ser como ficaria sua aposentadoria pelas regras atuais e com as mudanças pretendidas pelo governo.

As centrais planejam ainda fazer neste ano uma inédita comemoração unitária do 1º de Maio. A princípio, a atividade será realizada na Praça da República, também no centro paulistano.

Na última sexta-feira (29), sindicalistas se reuniram em Brasília com o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Steiner, para conversar sobre a Previdência. Segundo o presidente da CUT, Vagner Freitas existe consenso “sobre os efeitos devastadores da reforma da Previdência para a classe trabalhadora brasileira, principalmente os mais pobres”. Centrais e CNBB também concordam que o objetivo principal da “reforma” é beneficiar o setor financeiro, por meio da implementação do sistema de capitalização.

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