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CUT-SP repudia mais uma ação truculenta da Polícia Militar

PM agrediu e prendeu advogado do movimento de moradia, liderando nova ação violenta de reintegração de posse que não poupou nem crianças, nem idosos

A Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT-SP) se soma a outras entidades para repudiar mais uma ação truculenta da Polícia Militar (PM) do governador Geraldo Alckmin (PSDB) durante a reintegração de posse ocorrida na manhã desta quarta (25), na Rua Aurora nº 713, centro da capital. O imóvel, vazio e abandonado pelo proprietário há seis anos, estava ocupado desde o último dia 6 de abril por 57 famílias da Frente de Luta por Moradia (FLM).

Como se não bastasse a desocupação e o despejo violentos, na qual os policiais militares entraram de forma agressiva no imóvel – impedindo que os sem teto retirassem seus pertences, quebrando móveis, empurrando idosos e assustando as crianças que viviam precariamente no local -, a ação terminou com a prisão injusta de Benedito Barbosa, o Dito, de 53 anos, advogado do Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos que representa o movimento de moradia.

Ao tentar intermediar o diálogo entre os sem-teto e a PM, Dito foi detido sob a acusação de romper a barreira policial, além de covardemente agredido, imobilizado e arrastado por um grupo de policiais da Tropa de Choque até a viatura para prisão no 3º Distrito de Polícia, como mostra vídeo divulgado na internet.

A CUT São Paulo exige a apuração do fato e a punição dos responsáveis, bem como de outros tantos casos de violações de direitos humanos que norteiam a atuação de parte da PM desde os sombrios anos da ditadura militar brasileira.

A falta de diálogo com os movimentos sociais, que culmina com ações policiais violentas é, infelizmente, uma das marcas da gestão de Alckmin e do PSDB à frente do estado mais rico da nação.

A Central também se solidariza com a Frente de Luta por Moradia e com os demais movimentos sociais populares que tanto lutam pelo direito básico a um teto e vida digna, pois a busca por justiça social e pela redução das desigualdades é um embate de toda a classe trabalhadora.

Direção da CUT São Paulo

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