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Élio Neves, presidente da Feraesp e dirigente da Contac/CUT, é vitima de atentado no interior paulista

O companheiro Élio Neves, presidente da Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo (Feraesp) e diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação (Contac/CUT) foi vítima de atentado na tarde de domingo (23) numa chácara em Araraquara, no interior paulista.

Conforme relatos de amigos que estavam presentes, dois motoqueiros encapuzados chegaram ao local. O carona desceu e dirigiu-se imediatamente até o sindicalista. Após um tiro na cabeça, os dois fugiram. Élio foi encaminhado ao hospital.

Felizmente, o projétil se alogou na região do pescoço, não tendo perfurado o crânio. Conforme o último boletim médico, o quadro é estável, com Élio internado na Unidade de Terapia Intensiva – UTI do Hospital São Paulo em Araraquara. “O paciente está em coma induzido e respira com a ajuda de aparelhos. O paciente deve acordar em um período máximo de 24 horas. Logo em seguida a equipe médica fará uma nova avaliação e divulgará um novo boletim médico”.

A trajetória de Élio Neves é marcada pela luta em defesa da reforma agrária e dos assalariados rurais – como cortadores de cana e colhedores de laranja -, contra o trabalho escravo e infantil, e de combate aos gatos que intermediam a superexploração de mão-de-obra nas lavouras.

De acordo com Siderlei de Oliveira, presidente da Contac, Élio acabara de retornar de uma viagem ao Rio Grande do Sul, onde ajudava na organização dos assalariados rurais. “Estamos torcendo por Élio, companheiro que, além de grande lutador, é um grande amigo”, destacou Siderlei, sublinhando a necessidade da mais ampla e rigorosa apuração dos fatos, “para que este atentado à organização sindical não fique impune”.

O presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique se solidarizou com a família e os companheiros de Élio Neves neste momento difícil e assegurou que a entidade está mobilizada para garantir que se faça justiça e os criminosos não fiquem impunes.

Em nome da União Internacional dos Trabalhadores (UITA), Gerardo Iglesias resgatou o compromisso de classe demonstrado por Élio, seu destemor na luta contra os grandes usineiros e a necessidade da mais ampla e rigorosa investigação.

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