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Especialistas em trânsito se reúnem e criam Fórum de Discussão

Noite de casa cheia na sede do SinPsi, em Perdizes. Profissionais de psicologia especializados em trânsito se encontraram para discutir temas relevantes e carentes de debate há tempos. Com pauta variada, o grupo focou na Divisão Equitativa, que obedece a Resolução 80/98, do Conselho Nacional de Trânsito; a Resolução CFM 1636/2002, do Conselho Federal de Medicina; a Resolução CFP 16/2002, do Conselho Federal de Psicologia; e a Portaria DETRAN-SP 1553/2002, estabelecendo número máximo de 10 avaliações psicológicas de trânsito por dia.

Conduzido pela diretora do SinPsi Cristiane Carneiro, o grupo criticou cidades que praticam o acúmulo de atendimentos por dia. Para Cristiane, com mobilização, o feito pode ser evitado em São Paulo.

“Alguém aqui quer continuar sem a Divisão Equitativa? Então precisamos nos unir, criar um fórum e ir à luta. Parados não mudaremos nada”, afirmou.

Santo André, onde funcionam oito clínicas de avaliação psicológica de trânsito, foi uma das cidades citadas onde as cotas diárias funcionam bem. O cliente vai à Circunscrição Regional de Trânsito (CIRETRAN), faz o pré-cadastro e é encaminhado ao exame psicológico. Um sistema cuida da distribuição de clientes por clínicas. Em caso de pessoas não encaminhadas, há sindicância, seguida de abertura de processos judiciais.

Dessa maneira, o grupo decidiu criar abaixo-assinado para a implantação da Divisão Equitativa em todo o estado de São Paulo.

Também foi levantada a necessidade de cobrar do Departamento Nacional de Trânsito (DETRAN) uma posição sobre a obrigatoriedade de título de especialista para o cargo de Psicólogo de Trânsito. Além disso, foi sugerido novo encontro para debater políticas públicas de educação no trânsito.

Ao final, todos se mobilizaram pela criação do Fórum de Psicólogos de Trânsito, com próxima reunião marcada para o dia 19 de setembro.

Segundo informações do portal www.divisaoequitativa.com.br, “atualmente cerca de 2 milhões de pessoas morrem por ano, vítimas da violência no trânsito, e o número de feridos é ainda mais alarmante.”

Conheça os itens debatidos:

– Repasse integral do pagamento por serviços prestados para os peritos em Psicologia do Trânsito;

– Implantação da Divisão Equitativa em todo o território nacional, com agendamento, e assim melhorar a qualidade de vida no ambiente de trabalho;

– Criação de valor mínimo e máximo, em todo o território nacional, na tabela de honorários do CFP, para serviço de avaliação psicológica no trânsito;

– Avaliação psicológica para a renovação de todas as categorias de habilitação, e não somente para a primeira habilitação;

– Mais provas de títulos, feitas pelo CFP;

– Garantia da representação da Psicologia nos diversos órgãos responsáveis pela Política de Mobilidade Humana e execução das mesmas, ou com concursos públicos;

– Criação de fóruns municipais, estaduais e nacionais para o fortalecimento do Movimento Nacional pela Democratização do Trânsito (MNDT);

– Mais trabalho na área de Educação de Trânsito e Mobilidade Urbana e Humana, para aumentar a atuação de psicólogos.

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