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Governos tucanos multiplicaram praças e preços de pedágio

O processo de concessões rodoviárias desenvolvido pelos sucessivos governos tucanos de São Paulo quintuplicou o número de praças de pedágio no estado. Em 1997, havia 40 praças – todas sob gestão estatal. Agora são 227 – e todas sob concessão privada. Significa que, em 13 anos, os governos do PSDB autorizaram a operação de 187 novos postos de cobrança. Só o Governo Serra autorizou, em três anos, o funcionamento de mais de 80 novas praças de pedágio.

Em abril, a Central Única dos Trabalhadores iniciou a campanha Movimento Pedágio Justo, contra o alto custo e o aumento de praças de pedágio. E um estudo realizado pela bancada do PT na Assembléia Legislativa mostrou que, para o usuário, o quilômetro das rodovias estaduais é o mais caro do Brasil e do mundo. O valor em São Paulo é, no mínimo, oito vezes maior do que o cobrado em estradas federais.

De acordo com as contas petistas, a proliferação de praças de pedágio “ocasiona alto custo para os usuários, que recebem nas altas tarifas o ônus pago pelas concessionárias ao Estado, o custo financeiro da antecipação de receita e a exigência de lucratividade maior nos contratos. O aumento provocado no valor dos fretes onera toda a economia paulista”.

As empresas de transporte de cargas estimam que os altos valores das tarifas vão comprometer, a partir do ano que vem, a melhoria provocada no trânsito pela abertura do trecho Sul do Rodoanel.

“Com pedágio a R$ 6,00, uma carreta de sete eixos vai gastar R$ 54,00. O motorista vai preferir embolsar o dinheiro e enfrentar o trânsito na Marginal Pinheiros e na Avenida dos Bandeirantes”, aposta o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de São Paulo e Região, Francisco Peluzio.

Segundo os cálculos dos transportadores, se este motorista fizer viagens diárias entre Ribeirão Preto e o porto do Guarujá vai gastar, em três ano, R$ 450 mil.

“Daria para ele comprar uma nova carreta”, avalia Peluzio.

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