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Juiz da ‘cura gay’ apoiava ditadura e maltratava mulheres e LGBTs em sala de aula, dizem ex-alunos

Waldemar Cláudio de Carvalho era professor de Direito na UNB e, de acordo com estudantes, além de maltratar mulheres e LGBTs em sala de aula, barrava discussões com essa temática, já mostrando seu caráter homofóbico que se concretizou na liminar que permite terapias de reorientação sexual

O juiz Waldemar Cláudio de Carvalho, aquele que na semana passada proferiu a polêmica decisão liminar que abre caminho para que psicólogos utilizem terapias de reorientação sexual, a chamada “cura gay”, já manifestava homofobia e machismo enquanto professor universitário da Universidade de Brasília (UNB).

Ex-alunos de Waldemar, que dava aula de Direito, contaram em entrevista ao jornal Correio Braziliense que o juiz, além de apoiar em diversas ocasiões a ditadura militar, maltratava mulheres e LGBTs em sala de aula e, mais do que isso, barrava trabalhos e discussões que tinham como tema a questão de gênero, homofobia, direitos das mulheres ou machismo.

“Sempre vinha com comentários que reduziam assuntos relacionados à homofobia e ao feminicídio. Era desagradável ter aulas com ele. No antigo grupo da sala todo mundo comentou sobre a liminar, todos indignados, mas não surpresos”, disse uma estudante que não teve o nome revelado.

À reportagem, outro estudante disse que abandonou a disciplina ministrada por Waldemar por conta de seus posicionamentos homofóbicos. “Em alguns trabalhos que debatíamos temas escolhidos por nós, os relacionados ao combate à homofobia, ao machismo ou a questão de minorias eram barrados por ele por não serem pertinentes para se debater dentro das perspectivas do direito”, contou.

Confira a íntegra da matéria no site do Correio Braziliense.

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