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Maria da Penha 13 anos: conquistas precisam ser ampliadas

Esse ódio ao nosso gênero tem nos violentado no lar, nos consultórios, nos espaços públicos, em reuniões de mulheres, em programas de televisão e nas mídias sociais

Hoje (07/08) a Lei Maria da Penha (11.340/06) completa 13 anos. Não são 13 anos de paz, não são 13 anos de respeito, não são 13 anos livres da violência que nos é imposta. Não, não são!

Ainda somos expostas às muitas violências. Nos primeiros meses de 2019 o “Ligue 180” registrou 3263 denúncias, conforme relata o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, somente no Estado de São Paulo.

Pasinato (2015) apud Campos (2015) defende a importância da Lei Maria da Penha como instrumento legal de proteção e assistência às Mulheres em Situação de Violência.  No entanto o que temos visto é o constante e grosseiro desrespeito à Lei, tanto no desmonte dos serviços de proteção integral, quanto à recorrente incitação ao ódio por parte daqueles que deveriam zelar pela lei.

Esse ódio ao nosso gênero tem nos violentado no lar, nos consultórios, nos espaços públicos, em reuniões de mulheres, em programas de televisão e nas mídias sociais, desqualificando nossos feitos e minimizando nossos protestos – somos muito mais de 100 mil gritando #elenão.

A lei não nos protegeu de nada disso. Porque uma lei não cuida de ninguém, a lei não está nas nossas casas e corpos. Uma lei só é cumprida, respeitada quando há interesse nisso.

E hoje são 13 anos que nossos gritos foram ouvidos e ainda continuamos à mercê de uma sociedade machista, agressiva e patriarcal.

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