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Mulheres negras organizam roda de conversa dia 25 de julho em Santo André

Serão celebrados nesta data o Dia Nacional de Tereza de Benguela e o Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha

“No dia 25 de julho, as vozes das mulheres negras irão ecoar em todos os cantos do Brasil, nas cidades, aldeias e quilombos, como uma forma de resistência ancestral”. A afirmação é da secretária de Combate ao Racismo da CUT-SP, Rosana Aparecida da Silva.

Neste dia, a partir das 18h, ocorrerá a Roda de Conversa “Mulheres Negras – Vidas Negras Importam!” celebrando o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha e o Dia Nacional de Tereza de Benguela, no Sindicato dos Bancários do ABC, à Rua Xavier de Toledo, 268, no centro de Santo André (SP).

A atividade é organizada pela secretaria e o coletivo de Combate ao Racismo da CUT São Paulo, pelos coletivos de Mulheres e de Políticas Sociais da subsede da CUT no ABC e o Movimento de Mulheres Negras de Santo André – ONG Negra Sim.

“Queremos discutir o racismo sofrido pelas mulheres negras, o racismo no local de trabalho, as políticas públicas de combate à discriminação racial. É um dia de avaliar tudo isso não apenas nos locais de trabalho, mas nos diversos setores da sociedade como na saúde e na educação. Além disso, também queremos dialogar sobre a participação da juventude negra que tem uma importante luta a ser feita neste momento em nosso país”, fala Rosana.

Sobre o dia 25 de julho

Em 1992, durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, as mulheres negras criaram tanto a Rede de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-Caribenhas como estabeleceram o dia 25 de julho como marco internacional da luta e da resistência da mulher negra.

Após 22 anos deste encontro, a ex-presidenta Dilma Rousseff sancionou no país a Lei nº 12.987, de 2014, como Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. O nome escolhido homenageia uma mulher negra que foi líder quilombola no século 18, no Vale do Guaporé, em Mato Grosso, tornando-se é um ícone da resistência negra no Brasil colonial.

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