O segundo programa da série Nau dos Insensatos, do SinPsi, já está no ar. A reportagem, exclusiva via web, aborda o trabalho de consultório de rua em São Bernardo do Campo (SP).
As imagens apresentam a técnica de abordagem das pessoas em situação de rua, além de entrevistas com profissionais e usuários do Serviço de Saúde Mental.
O Consultório de Rua tem trabalho focado na prevenção de doenças causadas pelo uso de drogas. O psicólogo Dorival dos Santos Jr explica a importância de sua atuação.
“A presença do psicólogo ajuda a equipe toda a entender a dinâmica do sujeito. Conseguimos resgatar, dentro do discurso, o histórico da pessoa em situação de rua. É diferente da prática da clínica, do espaço fechado. Trata-se de um trabalho que faz a todo momento você repensar em como olhar aquele sujeito e em como usar o conhecimento da psicologia para intervir na realidade daquela pessoa”, diz.
O objetivo do programa Nau dos Insensatos é tratar dos posicionamentos da psicologia e suas práticas mais relevantes, com ênfase nas políticas públicas e, assim, facilitar, por meio do áudio-visual, o debate entre profissionais, estudantes e a sociedade.
No ar desde o dia 31 de março deste ano, está disponível no site Nau Web TV (www.nauweb.tv). A série traz reportagens espaciais mensais, produzidas pelo SinPsi, em parceria com a Via TV Comunicação e Cultura (www.viatv.com.br) e com a Nau Web TV.
Para assistir agora, clique aqui.
Consultório de Rua
Criado pelo SUS, o Consultório de Rua faz parte das políticas públicas de álcool e drogas do governo federal. Tem como objetivo abordar a demanda das pessoas em situação de rua ou em situação abusiva de álcool e outras drogas em locais abandonados, como terrenos baldios ou debaixo de pontes.
A equipe é composta por terapauta ocupacional, psicólogo, médico, enfermeiro e técnico de enfermagem, que atuam como técnicos e agentes redutores de danos.
Na abordagem, os profissionais checam se há necessidade de atendimento médico ou odontológico ou se o trabalho será feito só no campo da redução de danos, dando acolhimento. O princípio é buscar o usuário onde ele estiver, sem forçá-lo a sair da situação de rua.
“As pessoas te tratam com carinho. Tem gente qaqui que estuda, o outro trabalha, o outro faz teatro. Somos tratados como seres humanos. Aqui temos vida. Não ficamos só tomando remédio”, comenta Nilza Clemente, usuária do Serviço de Saúde Mental em São Bernardo do Campo.