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Pesquisa indica maior carga mental sobre mulheres

Fonte: Rede Nossa São Paulo

Em sua quarta edição, a pesquisa “Viver em São Paulo: Mulher”, realizada pela Rede Nossa São Paulo e pelo IPEC – Inteligência em Pesquisa e Consultoria, empresa originada do IBOPE Inteligência aponta o aumento da sobrecarga mental sobre as mulheres durante a pandemia.

O levantamento foi realizado entre 5 de dezembro de 2020 e 4 de janeiro de 2021 e ouviu 800 pessoas da capital paulista. A íntegra da pesquisa pode ser acessada pelo site da Rede Nossa São Paulo.

Confira algumas conclusões.

Divisão de tarefas

No total, 45% afirmam que os afazeres são divididos igualmente entre homens e mulheres. Porém, 55% dos homens acreditam nessa divisão em contraposição a 40% das mulheres. Já 28% entendem que os afazeres são de responsabilidade de homens e mulheres, mas que as mulheres fazem a maior parte.

Tendo como base apenas as pessoas que moram em casas onde residem, pelo menos, um homem e uma mulher, 88% afirmam que a mulher é quem mais assume o cuidado diário com filhos(as); 85% afirmam que a mulher é que mais prepara as refeições; 85% apontam que a mulher é quem mais cuida da limpeza da casa; e 84% dizem que a mulher é quem mais assume os cuidados médicos dos(as) filho(as).

Apenas tirar o lixo e fazer a manutenção da casa são as tarefas apontadas como realizadas majoritariamente pelos homens – 58% e 78% respectivamente.

Além da execução, também são as mulheres que mais fazem o planejamento, a organização e tomam as decisões sobre as tarefas no dia a dia: 88% são responsáveis pelos cuidados médicos dos(as) filhos(as); 87% pelo que vai ser preparado nas refeições; 87% quando e como deve ser feita a limpeza na casa; 86% pelo cuidado diário dos(as) filho(as); 82% pelas atividades escolares dos(as) filhos(as).

Em todas as situações investigadas, as mulheres apresentam patamar de concordância superior ao dos homens, o que reforça a percepção de que a carga

Violência de gênero

Para 83% da população paulistana, o assédio sexual e a violência contra a mulher aumentaram.

As mulheres têm mais medo dos diferentes tipos de violência que podem sofrer em espaços públicos do que os homens: 72% das mulheres têm medo de roubo, enquanto 54% dos homens afirmam o mesmo. As mulheres também têm mais medo de assédio sexual (59%), estupro (60%) do que os homens (15% e 14% respectivamente).

Perguntas aplicadas apenas entre mulheres

Pouco mais de um terço (35%) das paulistanas afirma já ter sofrido preconceito ou discriminação no trabalho por ser mulher.

Transporte público segue sendo apontado como o local no qual as paulistanas acreditam correr mais risco de assédio (52%); seguido de rua, com 20% das menções.

Aplicativos de celular são apontados como o meio em que as mulheres se sentiriam mais à vontade para denunciar assédio ou violência, sendo citado por 40% das paulistanas. Telefone em centrais de atendimentos são mencionados por 19%.

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