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Políticas públicas e fim do capacitismo: o que aprender nesse Dia Internacional da pessoa com deficiência?

Hoje é comemorado o Dia internacional da pessoa com deficiência. A data foi instituída em 1992, pela ONU, e estimula uma reflexão sobre seus direitos em todas as instâncias (nacional, estadual e municipal).

Tradicionalmente pessoas com deficiência não são consideradas como sujeitos de direitos e  subjugadas por uma narrativa patologizante, segregadora e normatizadora.

A reflexão trouxe avanços consideráveis no contexto biopsicossocial para o enfrentamento das barreiras atitudinais, ambientais e comunicacionais que impedem a participação efetiva na sociedade.

Um dos avanços também foi a Lei Brasileira de Inclusão de 2015.

Além de melhorias em políticas públicas que deu direitos às pessoas com deficiência, há um outro problemas que a sociedade precisa enfrentar: o capacitismo.

A expressão significa o preconceito social com pessoas com algum tipo de deficiência. Elas são vistas como algo que precisa ser corrigido ou superado. A sociedade determina um corpo definido como perfeito e exclui qualquer outro que não esteja nesse padrão.

Em 2008, o Brasil ratificou a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, adotada pela ONU, bem como seu Protocolo Facultativo. O documento obteve, assim, equivalência de emenda constitucional, valorizando a atuação conjunta entre sociedade civil e governo, em um esforço democrático e possível.

 

Os princípios da Convenção são:

1. O respeito pela dignidade inerente, a autonomia individual, inclusive a liberdade de fazer as próprias escolhas e a independência das pessoas;

2. A não discriminação;

3. A plena e efetiva participação e inclusão na sociedade;

4. O respeito pela diferença e pela aceitação das pessoas com deficiência como parte da diversidade humana e da humanidade;

5. A igualdade de oportunidades;

6. A acessibilidade;

7. A igualdade entre o homem e a mulher;

8. O respeito pelo desenvolvimento das capacidades das crianças com deficiência e pelo direito.

Não é possóvel aceitar mais retrocessos nos direitos das pessoas com deficiência. O SinPsi continuará na luta a favor da inclusão dessas pessoas no sistema educacional, na saúde pública e no mercado de trabalho.

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