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Projeto inédito com apoio dos metalúrgicos do ABC leva cultura circense para dentro das fábricas

Uma sessão especial na noite desta quarta-feira (4), na Mercedes-Benz, em São Bernardo, vai inaugurar o Circo Paratodos, projeto inédito no País que vai levar a cultura circense para dentro das fábricas.

A partir da próxima semana e até junho, o Circo Paratodos realizará sessões de terça a sexta-feira aos alunos da rede municipal de ensino de São Bernardo e Diadema.

Nos finais de semana, as sessões serão para os trabalhadores na Mercedes e seus familiares. De julho até dezembro ele será armado em outros pontos dessas duas cidades, com estimativa de atingir 100 mil espectadores até o final do ano.

O projeto, que conta com o patrocínio da montadora e apoio do Sindicato, tem o objetivo de levar à população entretenimento, cultura e lazer de qualidade e gratuitamente.

Na Mercedes, depois das apresentações a plateia vai conhecer parte da fábrica.

“Assistir ao espetáculo e depois conhecer a empresa oferece cultura de qualidade e alarga o conhecimento do mundo do trabalho, em especial aos alunos da rede municipal pública, que segundo seus professores são altamente estimulados depois de um evento como esse”, disse Sérgio Nobre, presidente do Sindicato.

Ele revelou que o apoio ao projeto do Circo Paratodos faz parte de um projeto mais amplo da direção do Sindicato de investimentos em atividades culturais e esportivas.

O Circo pretende fazer um cadastramento dos trabalhadores que fazem algum tipo de arte para apresentação antes das sessões. “Vamos estimular os trabalhadores e seus filhos a apresentarem suas qualidades artísticas, elemento importante da cultura operária”, comentou Sérgio Nobre.

Modelo inovador permite mobilidade
O Circo Paratodos será o primeiro sem estacas do Brasil, o que lhe permitirá grande mobilidade e a montagem de uma estrutura que comporta 300 pessoas sentadas em qualquer piso plano e regular.

“É uma espécie de montagem portátil. O circo é pequeno, do tamanho de uma quadra de futsal, e tem visibilidade muito boa, sem ferros ou cordas”, explicou Wilson Vasconcelos, o palhaço Gelatina, um dos responsáveis da Cia Capadócia. “A ideia vai interferir na história dos circos, pois abre outras possibilidades de espetáculos”, afirmou.

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