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São Paulo: Dia Nacional de Paralisação une movimentos na luta por direitos e contra a terceirização

Centrais e sindicatos reúnem-se em diferentes pontos da capital para finalizar com grande ato na Av. Paulista

A CUT São Paulo, seus sindicatos filiados e subsedes participam do Dia Nacional de Paralisação contra o PL 4330/04, que ocorre nacionalmente neste 15 de abril (quarta-feira). Além da CUT, a ação unificada é realizada pelas centrais CTB, NCST, Intersindical e Conlutas, e por movimentos populares do campo e da cidade, entre os quais CMP, MST, MTST e UNE.

Em São Paulo, as mobilizações ocorrem em diversas regiões do estado ao longo do dia. Na capital, a concentração será a partir das 15h em frente à Fiesp, na Av. Paulista nº 1313, com ato público contra o Projeto de Lei (PL) 4330/04, proposta aprovada pelo Congresso no último dia 8, que libera as terceirizações em todas as atividades.

No mesmo horário, militantes da Central de Movimentos Populares (CMP) estarão no vão livre do Masp, na Av. Paulista nº 1578, seguindo para a Fiesp para participar do ato público às 16h, junto com o movimento sindical, onde haverá queima de bonecos dos personagens que mais estão trabalhando para aprovar esse projeto prejudicial à classe trabalhadora.

“Podemos perder no Congresso, mas não vamos perder nas ruas porque os trabalhadores estão tomando consciência sobre os efeitos do PL 4330. A reação será à altura do que o projeto poderá fazer com o emprego, que será precarizado com perda de direitos e baixos salários, já que esta é a função da terceirização no Brasil”, afirma Adi dos Santos Lima, presidente da CUT São Paulo.

Raimundo Bonfim,  coordenador estadual da CMP, explica que a pauta do movimento nesta quarta, além da luta contra o PL 4330, é “defendendo a reforma urbana e o lançamento imediato da terceira etapa do programa Minha Casa, Minha Vida”. 

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Na luta por campanha salarial e em greve há mais de um mês, os professores (as) participarão de audiência pública para discutir a paralisação e as reivindicações da categoria, a partir das 14h, no auditório Paulo Kobayashi da Assembleia Legislativa de São Paulo (Av. Pedro Álvares Cabral, 201).

Insegurança é outra face nefasta da terceirização

A partir das 17h, o MTST e parceiros do movimento sindical se concentrarão às 17h, no Largo da Batata, em Pinheiros (Metrô Faria Lima), para realização do ato “Contra a Direita, Por mais Direitos”, de onde sairão em caminhada para também se unir à mobilização na Av. Paulista.

Perda de direitos

Mesmo quem hoje não é terceirizado, sofrerá o rebaixamento geral de salários e direitos, alertam as organizações participantes do Dia Nacional de Paralisação. O impacto recairá, ainda, sobre a arrecadação pública, que será reduzida com a tributação sobre salários menores. 

Fim do 13º salário, das férias remuneradas, do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), do seguro desemprego e da estabilidade de emprego são algumas das consequências da aprovação do PL 4330, entre outros direitos históricos conquistados pela classe trabalhadora que serão destruídos se o projeto avançar no Congresso.

Confira aqui perguntas e respostas sobre o projeto e sua tramitação, em material elaborado pela CUT.

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