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Sindicato dos Bancários de São Paulo promove debate sobre comunicação

São Paulo – O Sindicato sediou na noite desta quinta (15) o debate sobre comunicação O papel da internet na democratização da informação. Os convidados foram os blogueiros Eduardo Guimarães (Cidadania.com) e Rodrigo Vianna (Escrevinhador).

O evento, que teve participação do presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino, e da secretária-geral, Juvandia Moreira, teve transmissão ao vivo pelo site e marcou o início das comemorações do aniversário de 87 anos da entidade. “Nosso Sindicato completa 87 anos e temos uma convenção coletiva de trabalho que vale para todos os trabalhadores do sistema financeiro de todo o Brasil”, falou Marcolino. “A categoria está de parabéns pela sua luta e sua garra”, completou.

Rodrigo Vianna parabenizou a luta da categoria, ao lado das centrais, pela redução de jornada e disse que “vivemos em um tempo muito rico em que máscaras estão caindo”, referindo-se a imparcialidade, isenção e independência pregada pela grande mídia e a falta de reportagens com um olhar para o trabalhador. Vianna criticou a grande imprensa e citou fatos como a ficha falsa de Dilma Rousseff divulgada recentemente em jornais e o uso do termo ditabranda num editorial da Folha de S.Paulo. “Depois das publicações chegam as ‘desculpas envergonhadas’”, disse o jornalista. “Nossa capacidade de reação ainda é pequena. Mas, a informação de meia dúzia de blogueiros pode ser disseminada por movimentos sociais e sindicatos. Essa comunicação alternativa é algo que eles (grande imprensa) vão ter que lidar”.

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Eduardo Guimarães explicou como entrou para a chamada “blogosfera”. Depois de enviar cartas às redações de jornais e ver o conteúdo publicado, ele viu que era possível como cidadão ser ouvido. “Sai do imobilismo, enviei cartas aos jornais, depois comecei a enviar artigos para minha lista de e-mails e em seguida criei o blog”, disse Eduardo. “O poder da imprensa hoje serve para criar crises e gerar pânico”, alertou o também criador da ONG Movimento dos Sem Mídia (MSM).

Os participantes falaram ainda sobre a importância de discutir investimentos originados de verbas públicas aos meios de comunicação alternativos para criar novos mecanismos, e criticaram os modelos de concessões em prática no Brasil.

O debate teve transmissão ao vivo por meio do site. Diversas pessoas, de muitos pontos de São Paulo e de outros estados puderam participar, enviando questionamentos aos debatedores.

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