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Sindicato resiste e conquista reajuste integral na negociação com o SindHosp

Batalha vencida! O SinPsi precisou ir à última fronteira, mas conseguiu que o SindHosp firmasse o acordo coletivo com reajuste salarial de acordo com o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), indicador oficial para orientar os reajustes de salários dos trabalhadores.

Nesta quinta-feira, 19 de maio, em audiência na Justiça do Trabalho, foi dado o reajuste de 9,88%, de acordo com o INPC, para @s psicólog@s trabalhador@s de hospitais, clínicas, casas de saúde, laboratórios de pesquisa e análises clínicas do estado de São Paulo.

O piso salarial também foi reajustado acima de 10%, sem perdas. As eventuais diferenças entre o dissídio e possíveis reajustes praticados na data-base de setembro de 2015 serão repostas, a contar da data da assinatura do documento, 20 de maio, até agosto de 2016. Todas as outras cláusulas negociadas nos anos anteriores foram mantidas.

Clique aqui para ler o acordo.

Presidente do SinPsi, Rogério Giannini não esmoreceu na negociação e lembra que esse endurecimento do patronal foi inédito.

“Abrimos a mesa de negociação coletiva meses antes de setembro de 2015, como de praxe. Mas dessa vez o SindHosp alegou que o Sindicato dos Enfermeiros, o SEESP, havia fechado o acordo em 9,5%, ou seja, abaixo da inflação INPC. Então, quiseram a apresentar a mesma proposta para o SinPsi, mas recusamos veementemente e agora comemoramos a decisão judicial”, explica.

Dissídio coletivo

Após a primeira negativa do SindHosp, houve audiência de conciliação, sem sucesso, o que obrigou o SinPsi a recorrer à Justiça do Trabalho e pedir dissídio coletivo. 

“Foi uma decisão difícil. Se o juiz corroborasse a tese do empregador, não teríamos mais opções. Só que frente à intransigência patronal nos restou esse recurso, que acabou sendo positivo, por termos sensibilizado o magistrado sobre a necessidade de reposição das perdas salariais devido à alta inflação no período”, disse Giannini, lembrando que o fato de o SindHosp ter chegado a um valor próximo do pretendido (9,5%) facilitou a sentença.

Ao longo das negociações, o SinPsi embasou seus argumentos na lógica de que no setor hospitalar não há crise ou dificuldade especial que torne discutível o não reajuste salarial de psicólogas e psicólogos contratados.

“São reajustes anuais, então a cada mês se perde salário. Se estamos em uma fase de inflação alta, o que se comprava em janeiro com um valor já não se compra em junho”, observou o presidente do SinPsi.

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