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Vem aí a 2ª Conferência Nacional de Saúde das Mulheres

Após a realização da 1ª Conferência há 32 anos, começa nesta quinta-feira (17) a 2ª Conferência Nacional de Saúde das Mulheres, em Brasília. “Fundamental realizar esta conferência para fortalecer a atenção à saúde da mulher em todo o território nacional”, argumenta Elgiane Lago, secretária da Saúde, da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).

Com o tema “Saúde das Mulheres: desafios para a integralidade com equidade”, o Conselho Nacional de Saúde espera reunir 1.800 pessoas no Centro de Convenções Ulysses Guimarães para defender o Sistema Único de Saúde (SUS) e as políticas públicas em favor da vida da da mulher, “com muito respeito e sem discriminações”, diz Lago.

Ela afirma ainda que “as mulheres deve ter as suas espeficidades atendidas pelo SUS” e que “a realização desta conferência já renova as esperanças de avançarmos nas políticas públicas para melhorar o atendimento pelo SUS, principalmente para as mulheres”. Porque, diz ela, “as mulheres cuidam da saúde de toda a família e muitas vezes não cuidam de si próprias”.

Já Ivânia Pereira, secretária da Mulher Trabalhadora da CTB, afirma que o processo de realização das conferências estaduais e municipais, além de conferências livres (não governamentais) “garantem a possibilidade de uma pujante conferência nacional”.

Mas, para ela, é necessário avançar sobre as questões da população LGBT, “que enfrenta muita discriminação no atendimento”. Pereira acredita que esta conferência pode ser um “divisor de águas nas políticas públicas desenvolvidas para o atendimento de quem mais precisa do SUS”.

Além disso, para ela, é “importante avançar nos debates sobre a violência obstétrica, sobre o atendimento pré-natal e também o atendimento ginecológico às mulheres lésbicas, que passam por constrangimentos, devido à sua orientação sexual”.

Lago conta que a organização não imaginava viver esta situação de perdas de direitos no período de formulação da 2ª Conferência. Ela acredita que “a luta em defesa do SUS se torna ainda mais fundamental, uma bandeira essencial, pela atenção à saúde da mulher”.

Principalmente porque, para a sindicalista gaúcha, “estamos vivendo uma quebra de direitos que atinge em cheio a nossa vida”, mas “temos a expectativa de avançar nas conquistas que estamos perdendo”.

Ela acredita que a 2ª Conferência Nacional de Saúde das Mulheres pode ser “uma luz no fim do túnel para que as proposições da conferência resultem lei e assim obrigue o governo à aplicação das políticas necessárias para que a mulher tenha uma vida mais saudável”.

Programação

17 de agosto

16h – Ato /Caminhada “Pela Saúde e Pela Vida das Mulheres”

18h – Abertura / Mesa de Autoridades e Convidadas

20h – Jantar Confraternização

18 de agosto

8h30 às 12h (mesas concomitantes)

Eixo I – O papel do Estado no desenvolvimento socioeconômico e ambiental e seus reflexos na vida e na saúde das mulheres

• Celia Regina Nunes das Neves – Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas Marinhas do Brasil (COFREM)

• Ela Wiecko Volkmer de Castilho – Subprocuradora Geral da República

• Ministério da Saúde (aguardando confirmação)Coordenação: Francisca Valda da Silva e Jupiara Gonçalves de Castro

Eixo II – O mundo do trabalho e suas consequências na vida e na saúde das mulheres

• Ivete Santos Barreto – Conselho Regional de Enfermagem (COREN)

• Maria Conceição Silva – União de Negros pela Igualdade (UNEGRO) e Conselheira do CNS

• Elionice Conceição Sacramento – Movimento Nacional de Pescadoras e Marisqueiras e Conselheira do CNSCoordenação: Madalena Margarida da Silva e Maria Soraya Amorim

14h às 17h30 (mesas concomitantes)

Eixo III – Vulnerabilidades e equidade na vida e na saúde das mulheres

• Carmen Simone Grilo Diniz – Faculdade de Saúde Pública (USP) e GT de Gênero e Saúde (ABRASCO)

• Margareth Arilha – Núcleo de Estudos de População “Elza Berquó” (NEPO/UNICAMP)

• Maria Luiza Costa Câmera – Associação Bahiana de Deficientes Físicos (ABADEF)

• Keila Simpson – Presidenta da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA)

Coordenação: Heliana Hemetério dos Santos e Cleoneide Paulo Oliveira

Eixo IV – Políticas públicas para as mulheres e a participação social

• Ana Maria Costa – Centro Brasileiro de Estudos de Saude (CEBES)

• Maria de Lourdes Araújo Barreto – Rede Brasileira de Prostitutas e Grupo de Mulheres Prostitutas do Estado do Pará (GEMPAC)

• Alessandra Lunas – Coordenação Nacional da V Marcha das Margaridas

• Ângela Martins – Marcha das Mulheres NegrasCoordenação: Francisca Rego Araújo e Maria Esther de Albuquerque Vilela

19 de agosto

8h30 às 17h30 – 16 Grupos de Trabalho

Eixo I – O papel do Estado no desenvolvimento socioeconômico e ambiental e seus reflexos na vida e na saúde das mulheres (4 Grupos de Trabalho)

Eixo II – O mundo do trabalho e suas consequências na vida e na saúde das mulheres (4 Grupos de Trabalho)

Eixo III – Vulnerabilidades e equidade na vida e na saúde das mulheres (4 Grupos de Trabalho)

Eixo IV – Políticas públicas para as mulheres e a participação social (4 Grupos de Trabalho)

20 de agosto

8h30 às 9h30

Premiação dos Projetos “Laboratório de Inovação de Participação Social e Saude Integral da Mulher” – OPAS/CNS:

• Projeto “Passo a Pássaro” (PI)

• Projeto “TransformaDor: parir com amor, sem violência” (PA)

• Projeto “Barriguda” (RN)

• Projeto “Práticas de cuidado em saúde com trabalhadoras do sexo: extensão universitária desenvolvida pelo NUCED/UFC” (CE)

• Projeto “Mulheres da AP2.2: grupos de convivência, educação em saúde e geração de renda nas Unidades da ESF” (RJ)

• Projeto “Ambulatório Trans de Sergipe: Portas Abertas – Saúde Integral das pessoas trans: cuidar e acolher” (SE)

9h30 às 18h – Plenária Final

18h – Encerramento

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