Com informações: CUT Nacional
Na tarde de 22.fev, um coincidente palíndromo numérico (22022022), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) promoveu uma live para lançar os “Comitês de Luta em Defesa da Classe Trabalhadora. Para o presidente da CUT Nacional, Sérgio Nobre, a ação desses comitês será fundamental para alterar o rumo do Brasil atual, de desemprego, péssimo desempenho econômico, perdas de direitos trabalhistas e sociais, ataques ao meio ambiente, volta da fome e miséria estampada no aumento do número de moradores de rua, alta generalizada dos preços, políticas de ódio, racismo, xenofobia e de gênero.
A tudo isso adicione, ainda, um governo corrupto, negacionista, que quer destruir a Educação e Saúde públicas e entregar para a iniciativa privada nossas maiores e estratégicas empresas, como Correios, Eletrobrás e Petrobrás. “Se não lutarmos a miséria e o desemprego chegarão em você ou a alguém próximo a você”, afirmou o presidente da CUT.
O que são os comitês de luta
A proposta é que os comitês sejam centros de articulação de ações políticas, não apenas de sindicatos, mas de toda a sociedade e das pessoas que estão indignadas com os rumos do Brasil pós golpe de 2016. Os comitês serão formados a partir das entidades filiadas à CUT, com a realização de assembleias, plenárias e outras atividades de formação com participação e atuação dos trabalhadores e trabalhadoras.
“Vamos construir unidade para transformar essa realidade. Os comitês vão ampliar o processo de unidade da classe trabalhadora. Será um trabalho de base, de debater o problema do Brasil com a população e continuar, como diria Paulo Freire, a esperançar o povo. É uma disputa ideológica para enfrentar o racismo, o machismo, o fascismo e as fake News”, enfatizou a secretária-geral da CUT, Carmen Foro. “Vamos reunir trabalhadores para lutar pelos direitos e serem solidários com aqueles que sofrem as consequências da tragédia brasileira, a fome, a miséria e o desemprego. E vamos exercitar a democracia”, pontuou.
Nas redes
Ao mesmo tempo em que os Comitês estarão nos mais diversos espaços como ruas, escolas e todos os lugares onde se possa estabelecer uma verdadeira rede de solidariedade, as redes sociais também deverão ser ocupadas.
“Estaremos em todas as redes. Cada um de nós que fará parte dessa mobilização, pode e deve utilizar suas redes sociais para dar visibilidade a essa luta, que é uma luta de todos, para defender empregos, renda, direitos, os serviços públicos, o SUS e tudo o que diz respeito a nós trabalhadores”, disse Roni Barbosa, secretário de Comunicação da CUT.
O dirigente lembrou que as redes sociais são um instrumento importante de diálogo, mobilização e pressão, como a ferramenta da CUT que leva esse nome. “Pelo Na Pressão, já conseguimos barrar projetos que iam contra os interesses da classe trabalhadora”. Um exemplo é a reforma Administrativa, travada no Congresso após milhões de mensagens chegarem aos parlamentares sobre a contrariedade do povo em relação a reforma.
“Se votar, não volta”, avisavam os trabalhadores aos deputados, lembrando-os que se aprovassem a reforma, não teriam votos para serem reeleitos.