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Após tentativa de negociação, servidores de São Paulo seguem sem resposta

Representantes da Prefeitura de São Paulo não ofereceram nenhuma contraproposta aos trabalhadores de quatro categorias que se reuniram em frente à Secretaria do Planejamento e Gestão de São Paulo, na região central da capital, indignados com o reajuste salarial de 0,01%. Durante uma reunião nesta quarta-feira (25), uma comissão formada por quatro categorias – zoonoses, bibliotecários, profissionais de saúde e do serviço funerário – pediu que o recente reajuste concedido aos servidores da educação, de 8,69% ao ano até 2013, fosse estendido aos demais setores.

Em 23 de março, a Câmara Municipal aprovou o Projeto de Lei 339, de 2010, que trata do reajuste de 0,01% oferecido pelo prefeito, mas que não foi discutido pelos trabalhadores. As propostas realizadas pelos sindicatos, como substitutivos e emendas que tinham objetivo de minimizar perda salarial, foram ignoradas. O orçamento da Prefeitura para 2011 é de R$ 35 bilhões – 31% deste valor é destinado aos salários dos funcionários.

Segundo a presidenta do Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo (Sindisep), Irene Batista de Paula, os representantes informaram que não tinham nenhuma posição a respeito das reivindicações, muito menos a salarial. “Para eles, a decisão sobre o reajuste até agora é esta mesmo, os 0,01% que deram”, disse. “Disseram que vai ter resposta. Quando?”, indagou a sindicalista, que comunicou às categorias representadas na manifestação que, apesar da falta de respostas, não pode haver paralisação total até que se encerrem as negociações. A Secretaria do Planejamento informou que uma resposta pode ser dada aos servidores até 7 de junho.

Indignados com o aumento irrisório e com as más condições de trabalho, alguns trabalhadores discursaram também em desaprovação à postura do prefeito Gilberto Kassab.  Os bibliotecários levantaram faixas pedindo ao prefeito o fim do descaso no abandono das bibliotecas dos Centros Educacionais Unificados (CEUs) , além do fim do serviço sucateado com a implementação de mais concursos públicos nas áreas.

Um funcionário do Serviço Funerário do Município de São Paulo classificou Kassab como o “pior prefeito da cidade” e ironizou sua situação. “Ontem, meu salário era de R$ 499,41. Hoje, é de R$ 499,51. Estou muito feliz, muito mesmo”, provocou.

Segundo o comandante da operação, tenente Pereira, cerca de 300 manifestantes estiveram presentes no protesto.
 

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