Notícias

Assembleia dos professores aprova nova paralisação para 29 de maio

Cerca de três mil professores reunidos em assembleia na Praça da República em 24 último aprovaram nova paralisação para o dia 29 de maio, com assembleia às 14 horas.

Na data, funcionários públicos de todas as categorias paralisarão as atividades contra o governo Serra. Juntamente com os professores, as categorias do funcionalismo reivindicarão, entre outros pontos, o cumprimento da data-base ocorrida em março e, mais uma vez, descumprida pelo governo estadual.

Professores também aprovaram ampla campanha contra a política de bônus, aliada à denúncia em relação à propaganda enganosa veiculada pelo governo Serra em todos os veículos de comunicação. Segundo material do governo, professores receberam até R$ 15 mil de bônus. Uma tentativa de engôdo à população em vésperas de eleição.

A APEOESP veiculará matéria-paga e encaminhará adesivos “Salário é solução! Bônus é enganação! – Reajuste para todos, já!” como parte da campanha contra esta política.

Secretário receberá APEOESP: R.Es realizam reunião centralizada
A diretoria da APEOESP assegurou a primeira reunião com o novo secretário da Educação, Paulo Renato Souza, para o próximo dia 12 de maio, quando discutirá a pauta de reivindicações da categoria em defesa da valorização profissional e da melhoria da qualidade do ensino na rede pública estadual.

Na oportunidade, os professores representantes de escola realizarão reunião centralizada em frente à Secretaria da Educação na Praça da República. Conforme aprovado na assembleia, a centralização busca reforçar a pressão pelo atendimento da pauta de reivindicações. Portanto, todos os R.Es e R.As devem comparecer à reunião na Capital. As subsedes não devem organizar reunião regionalizada nesta data.

Fim da política de bônus; incorporação de todas as gratificações, extensiva aos aposentados; reposição salarial de 27,5%; reajuste para todos, já!; piso do Dieese (R$ 2.005,57 em março); concurso público classificatório em todos os níveis e disciplinas; estabilidade, já!; fim da superlotação das salas de aula; melhores condições de trabalho; novo Plano de Carreira; liberdade de cátedra; fim da municipalização do ensino, por creche e pré-escola e cumprimento da jornada garantida pela Lei do Piso (33% para atividades extraclasse), entre outros pontos, fazem parte da pauta de reivindicações aprovada pelos professores e que deverá ser debatida com o novo secretário.

A assembleia também aprovou a participação da APEOESP em todas as atividades organizadas em defesa do emprego da classe trabalhadora para o 1º de maio, Dia do Trabalhador. No site da Central Única dos Trabalhadores (www.cutsp.org.br) os professores podem checar a programação da Central nas diversas regiões do Estado. Na capital, os principais eventos da Central serão na zona leste (avenida Barão de Alagoas, s/n, Praça Lions, Itaim Paulista) e zona sul (avenida Arvoreiro, altura do número 395, Parque das Árvores, Cidade Dutra).

Anexo a este, encaminhamos proposta de material específico que poderá ser utilizado nas atividades do Dia do Trabalhador.

Serra desvaloriza professores e mente para o povo na TV.
Nas propagandas veiculadas pelo governo do Estado nas emissoras de televisão, São Paulo mais parece uma Suíça brasileira: nossas estradas são as melhores do mundo; o transporte coletivo – especialmente os trens de subúrbio e o metrô – funcionam que é uma maravilha. As que mostram nossas escolas, então… As escolas não têm classes superlotadas, têm bibliotecas, os alunos uniformizados e bem comportados, os professores felizes, pois ganham R$ 15 mil de bônus! Um mundo de fantasias.

Não vivemos num conto de fadas. A realidade é bem diferente.

*Falta de política educacional*
São Paulo não possui um Plano Estadual de Educação. E o que faz o governo Serra? Distribui material “didático” de péssima qualidade, pois contém erros crassos.

*E o salário, ó!*
Estado mais rico da Federação, São Paulo investe pouco em educação e paga um salário menor do que outros nove Estados brasileiros, todos com orçamentos menores.

*Bônus, política nefasta*
Ao invés de imprimir uma política de valorização dos professores, com reajustes que reponham as perdas salariais, o governo do PSDB há nove anos implantou a política de bônus, extremamente prejudicial à carreira. O governo não respeita a data-base do funcionalismo e nem abre negociação salarial. Se ao invés do bônus tivesse, por exemplo, concedido 5% de reajuste a cada ano neste período, os professores já teriam salários 45% maiores do que atualmente recebem.

Sem contar que gasta milhões em propaganda para enganar o povo paulista. Nenhum professor recebeu R$ 15 mil de bônus. A média, daqueles que receberam, ficou entre R$ 2 e R$ 3 mil; ou seja, na melhor das hipóteses, parte dos professores recebeu o equivalente a R$ 250,00 por mês de bônus!

De olho em 2010, Serra mente para o povo. Não se deixe enganar.

Deixe um comentário