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Deputados estaduais de SP criam frente em defesa das universidades públicas

São Paulo – A Frente Parlamentar em Defesa das Universidades Públicas no Estado de São Paulo foi instalada no dia 19 de abril na Assembleia Legislativa. O objetivo, segundo os 30 deputados integrantes, é identificar formas que garantam os recursos financeiros para o funcionamento e impedir o sucateamento da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e, da Universidade de São Paulo (USP), além das faculdades de tecnologia ligadas ao Centro Paula Souza.

Em entrevista ao repórter Rafael Garcia, da Rádio Brasil Atual, o deputado Carlos Neder (PT), coordenador da frente, afirma que o problema do financiamento das universidades paulistas é o principal ponto de preocupação. “Há uma preocupação nossa no sentido de termos uma garantia de um financiamento adequado, seja em função da veiculação de receita, seja buscando novas formas de financiamento, através do orçamento da União e do estado, para ampliar o acesso, a permanência e a qualidade do ensino público. Nos interessa, neste caso, dar condições melhores para a permanência de docentes e para que a população seja atendida de forma adequada.”

Para o vice-coordenador do coletivo, Carlos Giannazi (Psol), a frente permite um espaço qualificado para o debate entre reitores, professores, funcionários e alunos. “A Frente também vai dar uma contribuição necessária no sentido de cobrar o governo, para que ele invista mais recursos e também uma fiscalização em cima dos reitores”, disse, referindo-se a prejuízos causados por gestores a docentes, funcionários e até a pesquisa dos alunos.”

Para João Chaves, coordenador do chamado Fórum das Seis – que reúne movimentos sindicais e estudantis da Unesp, Unicamp, USP e Centro Paula Souza –, a iniciativa dos deputados estaduais é importante para colocar um freio no processo de destruição das universidades públicas paulistas pelos sucessivos governos tucanos.

“A frente é de fundamental importância, porque ela está sendo criada no momento em que as universidades públicas paulistas passam por sua pior fase desde sua criação. Estamos passando por um processo de estrangulamento financeiro, o que faz reitores tomar medidas de cortes de custos e cria uma situação de destruição das universidades públicas.”

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