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Dia Internacional da Síndrome de asperger: inclusão deve ser feita por toda a rede de ensino

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A Síndrome de Asperger é um transtorno do espectro autista que se manifesta, com mais frequência, no sexo masculino. Muitas vezes ela é confundida e usada como sinônimo de autismo de alto funcionamento.

Os portadores da síndrome costumam ter interesses restritos, onde falam repetidamente sobre um mesmo assunto e se apegam a rotinas rígidas e muitas vezes inflexíveis.

Segundo Paulo Teixeira, “a Síndrome de Asperger é uma desordem pouco comum, contudo importante na prevenção do processo psicológico de crianças, que tardiamente é diagnosticado devido à falta de conhecimento por parte dos profissionais, nomeadamente dos professores e educadores. Esta síndrome é uma categoria bastante recente na divulgação científica e encontra-se em uso geral nos últimos 15 anos”.

São desconhecidas a causa da síndrome, o mais provável é serem um conjunto de fatores de desencadeamento, sendo que qualquer um deles, registado num determinado momento e numa dada sequência de circunstâncias, pode dar origem à síndroma de Asperger.

O sujeito com essa necessidade educacional especial inserido na sala de aula possui várias dificuldades como: problemas com habilidades sociais na interação com outras pessoas, de coordenação, podendo apresentar movimento fisicamente desajeitado ou constrangedor, possuir interesse intenso e quase obsessivo em determinadas áreas do conhecimento, ser atraídos pela rotina e rituais incomuns e tendência a se isolar.

Para ajudar o indivíduo com Síndrome de Asperger na busca pela sua independência, família e escola tem que trabalhar juntas respeitando o seu tempo e seu estilo de aprendizagem, estimulando a comunicação e a interação social e favorecendo com atitudes práticas a sua independência. Muitos alunos com essa síndrome têm habilidades e talentos especiais e, quando se dedicam a uma área específica, são os melhores. Aos profissionais, cabe identificar estas áreas e talentos e incentivá-los.

Desde cedo, por não ter um atraso significativo na aquisição da linguagem, estes alunos começam a manifestar seus agrados, preferências e desejos. Temos que ficar atentos pois, nem sempre, eles conseguem comunicar isto com clareza. Contudo, se não são incentivados esta habilidade se perde. Desta forma, temos que incentivá-los a dizer o que sentem e a expressarem suas necessidades sem pressão e críticas em relação ao seu comportamento.

Um dos aspectos que afeta muito estes indivíduos é a falta de previsibilidade. Como não conseguem lidar com os seus sentimentos e se colocar no lugar dos outros, eles não sabem o que é frustração, vergonha, culpa, medo, ansiedade. Pior ainda é quando eles não conseguem se fazer entender. Isto pode gerar crises de birra que são confundidas com falta de educação e de limites.

O SinPsi apoia a Lei nº 12.674



O Sinpsi apoia profissionais que estimulem o desenvolvimento de sujeitos com a síndrome de Asperger e a lei nº 12.764 que institui a “Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista”, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff. A medida faz com que os autistas passem a ser considerados oficialmente pessoas com deficiência, tendo direito a todas as políticas de inclusão do país – entre elas, as de Educação. A lei é vista por especialistas como mais um reforço na luta pela inclusão.

As definições, é claro, têm gerado muita discussão. Entre os argumentos de quem é contra a inclusão de autistas, aparecem sempre o receio com relação à adaptação deles e a preocupação em não força-los a conviver com outros alunos. O próprio texto da lei trazia uma observação relativa a isso, que foi vetada pela presidente Dilma. O parágrafo deixado de lado dizia que “ficam ressalvados os casos em que, comprovadamente (…), o serviço educacional fora da rede regular de ensino for mais benéfico ao aluno com transtorno do espectro autista”.

A inclusão não deve ser apenas um desafio do professor, mas sim de toda a escola e da rede de ensino. Os autistas têm gestos e atitudes diferentes, e incluí-los dá trabalho. Os educadores têm de entender o autismo, compreender que aquele aluno processa as informações de maneira diferente, tem resistência a mudanças, pode ser mais sensível ao barulho. Cada uma dessas especificidades exige adaptações na rotina.

Fonte: http://atividadeparaeducacaoespecial.com/inclusao-a-sindrome-de-asperger-e-suas-caracteristicas/
https://maisinclusao.wordpress.com/necessidades-educativas-especiais/asperger/
https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2015/17759_8000.pdf
https://novaescola.org.br/conteudo/57/legislacao-inclusao-autismo

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