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Índice de mortalidade infantil caiu 85% em período de 30 anos

No Brasil, índice relacionado à mortalidade infantil caiu 85,4% em um período de 30 anos. Segundo o Censo Demográfico 2010, divulgado nesta quarta-feira (16) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 3,4% do total de mortes registradas de 2009 a 2010 ocorreram entre crianças menores de um ano. Em 1980, a taxa era de 23,3%.

O IBGE diz que a redução se deve a vários fatores, entre eles, ao maior acesso da população a serviços de saúde, às campanhas de vacinação, aumento do número de atendimentos pré-natais, acompanhamento médico do recém-nascido e ao incentivo ao aleitamento materno.

O aumento do nível da escolaridade da população e os investimentos na infraestrutura de saneamento básico também contribuem para maior sobrevida de bebês.

No ano passado, a mortalidade de crianças de até um ano foi maior no campo, com taxa de 5,4% do total de mortes – 77% maior que nas cidades, que teve índice de 3,1%.

Considerando apenas áreas rurais, os números são ainda maiores em Estados como Amazonas, Amapá e Maranhão, que apresentaram percentuais acima de 10%. Isso está relacionado ao grande número de nascimentos e também à dificuldade de acesso a hospitais, principalmente das localidades ribeirinhas, distantes dos centros urbanos, além do menor desenvolvimento socioeconômico. No Amazonas, 16 % do total de óbitos no campo são de crianças menores de um ano de idade; no Amapá, 15%. No Nordeste, o Maranhão tem o maior índice de mortes da região – 10,2%.

As taxas de mortes refletem os grandes contrastes sociais e regionais existentes no país. Todos os Estados das regiões Sudeste e Sul estão abaixo da média nacional de 3,4%, considerando as zonas rurais e urbanas. Os demais, com exceção da Paraíba, do Rio Grande do Norte, de Pernambuco e Goiás, estão abaixo.

No Rio Grande do Sul, apenas 2,1% das mortes aconteceram entre crianças menores de um ano. Em São Paulo e em Minas Gerais, a taxa foi de 2,7%.

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