Está no ar mais uma edição do JuventudePod, o podcast da juventude trabalhadora, produzido pelo Comitê de Juventude da ISP-Brasil. O programa desta semana, apresentado por Sânia Barcelos e Cleyson Francisco, abordou questões como combate à intolerância, resgate de direitos e eleições presidenciais.
Para falar do cenário eleitoral, o podcast entrevistou a cientista política Camila Rocha, da USP. Camila estuda a chamada “nova direita” brasileira, campo que reúne de estudantes a militares, passando por empresários, políticos tradicionais, setores da classe média e grupos religiosos. Ela explica que esse grupo heterogêneo ajudou a eleger Bolsonaro, mas não se resume ao bolsonarismo.
Na entrevista, a pesquisadora falou sobre as alianças buscadas por Lula, sobre o pacto democrático de 88 e sobre a importância do diálogo com jovens atraídos pelo discurso da direita, mas que nem sempre se veem como direitistas. “Existe um clima de intolerância muito grande, e as pessoas têm muita dificuldade de escutar”, diz.
Intolerância que pode se converter em condutas criminosas e produzir vítimas fatais. No programa, Sânia e Cleyson comentam o caso do influencer digital que defendeu a criação de um partido nazista no Brasil e o “direito” de alguém se declarar antijudeu. Eles lembram que esse tipo de pregação, que induz ao ódio racial, contribui para atos violentos como os que ocorreram contra o congolês Moise Kabagambe e o repositor de supermercado Durval Teófilo Filho, ambos assassinados brutalmente no Rio de Janeiro.
Por fim, o programa também trata de um movimento contrário às reformas neoliberais que têm destruído vários países nos últimos anos. Alguns deles, como Espanha, Argentina e Chile, já começam a reverter pontos dessas reformas, devolvendo empregos, direitos e dignidade às trabalhadoras e aos trabalhadores. E as eleições presidenciais desse ano podem colocar o Brasil no mesmo caminho.
Intolerância até quando?: acompanhe o podcast da juventude da ISP
18
fev