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Jovens da periferia de SP denunciam desrespeito e violência em abordagens policiais

Segundo levantamento com estudantes do Campo Limpo, 60% já foram parados pela polícia e a maioria esmagadora reclamou do tratamento

Pesquisa feita no Campo Limpo, na periferia da zona sul de São Paulo, mostra que mais da metade dos jovens já sofreram abordagem policial – o chamado “enquadro” – e quase 80% deles classificaram a conduta dos policiais como pouco respeitosa e violenta.

O levantamento, realizado pelo Comitê Juventude e Resistência em parceria com a diretoria regional de Educação do Campo Limpo, ouviu 700 estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) sobre o tema e constatou que 407 deles, ou seja, quase 60% dos entrevistados já foram abordados pela Polícia. Desse total, 332 acharam a abordagem pouco respeitosa ou violenta, e 116 ficaram com sequelas físicas e psicológicas.

A reportagem do Seu Jornal, da TVT, foi ao Capão Redondo, outro bairro da periferia da zona sul, e ao Parque do Ibirapuera, área nobre da capital, e constatou diferenças no tratamento dado pela polícia em suas abordagens. “A gente fala que o policial, que está na ponta, não é o nosso inimigo principal. Na verdade, eles servem a um sistema que trata o pobre como inimigo”, afirma o educador e produtor cultural Fernando Ferrari, em entrevista à repórter Michelle Gomes.

Clique aqui para ver a reportagem.

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