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Manicômio político: um bicho de muitas cabeças

Matéria publicada pelo portal UOL dia 14.jun, assinada por Amanda Rossi, mostra que pelo menos 24 presos políticos tiveram como destino manicômios psiquiátricos durante a ditadura militar. Essa era uma das maneiras utilizadas pelos militares para se livrar que quem “enlouquecia” por conta das torturas sofridas ou para se livrar de um corpo apodrecido, deixado para morrer em uma clínica como forma de acobertar o crime dos torturadores.

Foi o que ocorreu com Silvia Montarroyos, uma das personagens da reportagem do portal. Presa aos 17 anos por participar de uma organização trotskista, foi torturada diariamente por um mês e, depois, enviada para o manicômio de Tamarineira, onde foi “tratada” com eletrochoque e insulinoterapia, método abandonado pela psiquiatria há décadas.

Esse é mais um caso que reforça o movimento da luta antimanicomial no Brasil.

Clínica do testemunho

Para a psicanalista Maria Cristina Ocariz, “a tortura é tão desagregadora que a pessoa nem sempre vai encontrar recursos psíquicos para se defender, por isso enlouquece”. Ocariz é uma das coordenadoras do projeto Clínicas do Testemunho criado em 2012 pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça e vinculado à política de reparação do Estado, que reconheceu sua responsabilidade pelo dano causado àqueles que combateram a ditadura militar

O programa visa garantir, dentro da responsabilidade do Estado democrático, o direito à Verdade, à Memória e à Justiça. Nas palavras de Paula Abrão, presidente da Comissão de Anistia, em 2014:

A Rede Nacional das Clínicas do Testemunho ainda é um trabalho com pouca visibilidade pública, mas que presta um serviço essencial de apoio aos e às combatentes do regime militar.

Clique aqui para ler a íntegra da matéria do UOL

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