Nota da Central Única dos Trabalhadores – CUT
- A Central Única dos Trabalhadores (CUT) sempre foi solidária à luta pela autodeterminação do povo palestino – direito que lhe é negado há 75 anos pelo Estado de Israel em sua política0 colonial de ocupação e bloqueio de territórios.
- A extrema direita israelense construiu e vem por décadas implementando uma estratégia de extermínio do povo palestino. Essa estratégia acabou fortalecendo grupos fundamentalistas e enfraquecendo os representantes laicos e democráticos do povo palestino, inviabilizando, dessa forma, as tentativas de solução pacífica dos conflitos, promovidas pela ONU e pela Comunidade Internacional.
- A CUT repudia os atos de terror que vitimaram mais de mil civis israelenses, incluídas idosos crianças, mulheres grávidas e, inclusive, brasileiros, no último dia 7 de outubro.
- Nos causa estranheza que um sistema de inteligência e informação tido com um dos mais avançados do mundo, como o de Israel, não tenha detectado antecipadamente a preparação dos ataques promovidos pelo grupo Hamas.
Nesse sentido, a própria imprensa israelense, como o prestigioso jornal Haaretz, atribui a responsabilidade pela atual situação no Oriente Médio ao governo de Netanyahu, um governo racista, colonizador, autoritário e belicista, que criou uma situação de ataques cotidianos aos palestinos também na Cisjordânia, em Jerusalém oriental, e que foi questionado por grandes mobilizações dentro do próprio Estado de Israel. - A CUT repudia que os ataques perpetrados pelo Hamas estejam sendo utilizados pela extrema direita israelense para escalar sua estratégia expansionista e colonialista – que pode se constituir em um verdadeiro genocídio contra o povo palestino.
- A CUT soma sua voz à de todos aqueles que no plano internacional condenam de forma veemente os crimes de guerra cometidos pelo governo sionista de Israel e exige um cessar-fogo imediato, a suspensão do cerco à Faixa de Gaza – com acesso urgente da população a comida, água, medicamentos, energia, combustível e demais serviços básicos. É inadiável e urgente a retomada das negociações do Estado de Israel com os legítimos representantes do povo palestino.
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Imagem: Yasser Qudih/Reuters