Por enquanto, não vai haver nenhuma mudança na política municipal de tratamento de doentes mentais em Sorocaba. Nesta segunda-feira (16) foi formado um grupo com representantes da prefeitura de Sorocaba, Defensoria Pública, Ministério da Saúde e o Núcleo dos Direitos Humanos para discutir melhorias. Eles terão seis meses pela frente para tratar do assunto no campo teórico.
Técnicos que fizeram vistorias em hospitais psiquiátricos na cidade vieram à cidade apresentar o relatório. Mas por pouco não tiveram que voltar pra casa sem discutir o resultado dos trabalhos. A reunião havia sido adiada, via e-mail, na última quinta-feira pela prefeitura. Mas muitos disseram que não receberam a mensagem.
A Defensora Pública do estado de São Paulo e o grupo do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos em Saúde Mental chegaram na hora marcada para a reunião com o prefeito Vitor Lippi. Os integrantes dos órgãos apresentariam o relatório da fiscalização feita no mês passado em hospitais psiquiátricos da cidade. Adriana Caldeira, do Ministério da Saúde, aponta que é preciso mudar a forma de atendimento. “É preciso reduzir leitos em Sorocaba. Os pacientes podem e devem ser atendidos em ambulatórios. Internação é uma prisão”, afirma Adriana.
A reunião que seria adiada, mas o secretário de Saúde Ademir Watanabe recebeu o grupo informalmente. Mais tarde, o prefeito da cidade, Vitor Lippi se juntou ao grupo. A reunião durou pouco mais de uma hora. O prefeito acabou participando da reunião e ficou decidida uma agenda de reuniões para os próximos seis meses, com pontos específicos a serem discutidos.
Sorocaba tem atualmente quase 3 mil vagas, um número considerado muito alto pelos grupos que lutam pela mudança de modelo no tratamento dos doentes mentais. Uma das metas é a avaliação das condições dos pacientes caso a caso.