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Seminário da CUT organiza dirigentes para ampliar ações contra o golpe

Atividade em Brasília discute conjuntura e medidas para barrar retrocessos

O primeiro dia do seminário “Cenários para as Relações de Trabalho no Brasil” promovido pela CUT reuniu no Hotel Nacional, em Brasília, secretários de ralações de trabalho das entidades filiadas de diversos estados para discutir sobre a atual conjuntura política e definir estratégias para enfrentar o golpe em curso  no país. O encontro seguiu até ontem (25).

De acordo com a secretária de Relações de Trabalho da CUT, Graça Costa, o seminário faz parte da agenda de lutas da CUT. “Este debate veio em um momento oportuno. Além de formar cada dirigente, estaremos discutindo estratégias para combater o golpe. Com isso, teremos uma base unificada e combativa”, afirma.

Nesta quarta-feira (24) os dirigentes puderam refletir melhor sobre o momento delicado da política brasileira e quais direitos estão sendo arrancados da classe trabalhadora. Foram apresentados para debate um amplo panorama da atual situação que o país enfrenta, com gráficos e dados da correlação de forças no Congresso, e os projetos que significam retrocessos para os trabalhadores e a sociedade. Além disso, cada dirigente pôde opinar sobre as necessidades para ampliar a mobilização em cada estado.

Para os dirigentes presentes, não basta apenas resistir, é preciso mobilizar e avançar. Além disso, a partir do seminário será elaborada a agenda de lutas da Secretaria de Relação de Trabalho da CUT.

O secretário de Relações de Trabalho da CUT Bahia, Derlan Queiroz, entende que esta iniciativa é fundamental. “Os trabalhadores da Bahia também estão mobilizados e entendem a necessidade de barrar este governo interino golpista. Precismos investir mais em comunicação, assim alcançaremos ainda mais o apoio dos filiados.Esta deve ser uma bandeira de luta permanente, só assim, conseguirmos resultados positivos”, afirma.

“Precisamos encontrar formas de defender a classe trabalhadora urgentemente. A democracia está sendo usurpada junto com nossos direitos. Está claro que o governo golpista quer destruir nossa CLT, pois em menos de 100 dias de puro desgoverno já vimos os prejuízos”, explica a secretária de Relações de Trabalho da CUT Brasília, Juliana da Silva Ferreira.

Entre os principais projetos de lei em tramitação no Congresso que atacam os direitos dos trabalhadores está a PEC 241/16 que limita gastos públicos federais por 20 anos e acaba com a atual vinculação de receitas para gastos com saúde pública e educação, previstas na Constituição.

Também foram apontados como nocivos o Projeto de Lei 4567/16, que visa tirar da Petrobras a função de operadora única do Pré-Sal, abrindo as portas para a entrega das reservas energéticas estratégicas do Brasil ao capital estrangeiro, e o PLC 30 que libera a subcontratação e precarização o trabalho.

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