Na noite desta quarta-feira, 14 de agosto, o SinPsi sediou a palestra “Histórico da Avaliação Psicológica no Brasil: práticas atuais e novas possibilidades de atuação”, ministrada pelo professor doutor Fabian Rueda, representante do Conselho Federal de Psicologia (CFP) na Câmara Temática de Saúde e Meio Ambiente do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN).
A palestra contou com mais de 20 especialistas em trânsito, que fizeram questão de participar, relatando vivências e mostrando como a teoria pode andar na contramão da prática. Como no momento em que Rueda falou sobre a lei 9.053, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
“É uma legislação que trata da redução de acidentes de trânsito, responsabilizando pedestres, motoristas e órgãos competentes. Potencializou a participação da sociedade na formação e segurança no trânsito, mas ainda estamos engatinhando, pois lidamos com a indústria do álcool, que incentiva a bebida cada vez mais”, afirmou o palestrante.
A psicóloga de trânsito e dirigente do SinPsi, Valdeluce Maia, considerou a palestra esclarecedora quanto a leis e diretrizes de uma atividade ainda pouco valorizada pelos órgãos que atuam com trânsito.
“Falamos de pautas recorrentes no debate, como a Divisão Equitativa e a falta de valorização do profissional que faz Avaliação Psicológica. O colega palestrante nos mostrou razões históricas. Agora vamos pensar em como superá-las”, disse a dirigente sindical.
Apesar disso, Rueda mostrou ter aumentado a procura de psicólogos com título de Especialista em Trânsito nos últimos anos.
“A Avaliação Psicológica, que chamamos AP, é o principal instrumento de autonomia do profissional que atua na área. Não há mais submissão às demandas institucionais. Agora podemos ser críticos nos laudos que produzimos”, comentou.