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Debate sobre prevenção à AIDS

CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES PROMOVE NESTA TERÇA, DIA MUNDIAL DE COMBATE À AIDS, DEBATE VIRTUAL PARA ALERTAR SOBRE PREVENÇÃO E RISCOS

Fonte: CUT-SP

No Dia Mundial de Combate à Aids, em 1º de dezembro, a CUT-SP realiza um debate virtual para discutir as políticas de saúde que envolvem prevenção e tratamento à infecção e as formas de violência enfrentadas por pessoas que vivem ou convivem com HIV/Aids.

O webinário “HIV/Aids: como garantir políticas públicas de prevenção que protejam as pessoas que vivem com HIV do preconceito e da violência” é parte da agenda da CUT-SP dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, e é uma parceria da Secretaria da Mulher Trabalhadora com a Secretaria de Políticas Sociais da entidade. A transmissão será feita pela plataforma Zoom com início às 16h e será reproduzia pela página do Facebook da CUT-SP.

Participam da atividade Beto de Jesus, diretor da Aids Healthcare Foundation no Brasil, Maria Elias Silveira, sócia fundadora do Coletivo Coisa de Puta+, e Filipa Bruneli (PT), que acaba de ser eleita a primeira vereadora travesti do município de Araraquara, no interior de São Paulo.

De acordo com a ONU Mulheres, a desigualdade de gênero contribui para a disseminação do HIV, pois aumenta as taxas de infecção e reduz a capacidade de mulheres para lidar com a epidemia.

Isso ocorre por diversos motivos, como o fato das mulheres terem menos informação sobre HIV e menos recursos para tomar medidas preventivas, as barreiras que elas enfrentam para negociar o uso da camisinha com o parceiro e a violação sexual a que estão expostas, como o estupro.

“A cada 11 minutos uma mulher é estuprada no Brasil e, com isso, elas se expõem à infecção. E outro cenário triste é que muitas mulheres acham que não correm o risco dentro de casa, de contrair o HIV por meio da transmissão do próprio marido, e deixam de tomar medidas de prevenção e cuidado”, diz Márcia Viana, secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-SP.

Outra população diretamente atingida pela falta de políticas públicas é a comunidade LGBTQIA+, que durante anos foi associada com a infecção e por isso sofreu com a negligência de governos, que deixou essa população mais exposta aos riscos. Dados mais recentes do Ministério da Saúde, de 2018, mostram que um em cada cinco homens gays e HSH (homens que fazem sexo com homens) vive com HIV no Brasil. E que entre travestis e mulheres trans, a prevalência do HIV pode ser superior aos 30%.

“O Brasil tem um dos maiores programas de tratamento ao HIV/Aids do mundo, gratuito e universal pelo SUS, mas até esse tratamento está sendo sucateado pelo governo Bolsonaro. Não houve avanços nos últimos tempos e a falta ou atraso de medicamentos tem sido denunciada pelos movimentos sociais e de saúde”, afirma Kelly Domingos, secretária de Políticas Sociais da CUT-SP. 

Serviço
Webinário HIV/Aids: como garantir políticas públicas de prevenção que protejam as pessoas que vivem com HIV do preconceito e da violência
1º de dezembro
16 horas
Pelo Zoom com transmissão pelo Facebook da CUT-SP 

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