Por Norian Segatto
Acontece durante todo esta quarta-feira a Jornada nacional de luta pela vacina já para todos, e, juntamente com os profissionais de saúde, com prioridade para os professores, que retornam às atividades presenciais nas salas de aula, o que aumenta exponencialmente o risco de contágio.
Um estudo da Universidade de Granada, na Espanha, calculou que colocar 20 crianças em uma sala de aula implica em 808 contatos cruzados em dois dias. Isso diante da realidade europeia, que é substancialmente diferente da brasileira no combate à pandemia de covid19.
A jornada desta quarta-feira, organizada pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação), CUT e sindicatos de professores espalhados por todo o país, objetiva pedir aos parlamentares vacina para todos, com prioridade aos profissionais da educação, além de segurança sanitária para as comunidades e alimentação escolar. A pauta também exige orçamento público setorial capaz de assegurar o enfrentamento à pandemia em 2021.
Como parte dessa programação, a Apeoesp (sindicato dos professores de São Paulo) organizou, por intermédio do mandato da deputada estadual professora Bebel (PT) uma live com diversos setores para compartilhar informações e adensar a pressão sobre o parlamento e o governo.
Segundo a deputada, os professores retornam ao “campo de guerra”, em alusão à sala de aula sem as condições básicas de segurança contra a contaminação. Bebel conclamou toda a sociedade a se mobilizar pela vacinação já de toda a população. “Nesta sexta-feira estaremos fazendo uma atividade na avenida Paulista para alertar a população sobre a importância da vacinação para todos”, comentou.
O deputado federal e ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, relatou sobre a movimentação ocorrida em Brasília neste dia 24.fev., com atos e uma audiência das entidades com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Padilha considerou a audiência “muito proveitosa” e informou que Pacheco sinalizou haver uma “tendência de não aceitar a PEC emergencial” proposta pelo governo.
Essa PEC (186/19), prevista para ser votada nesta quinta pelo Senado, cria um novo “ajuste fiscal”, um eufemismo para mais cortes na educação, saúde e direitos dos servidores públicos, que irá afetar toda a população com o fim do piso dos gastos nessas áreas. Parlamentares pediram o adiamento da votação.
Autonomia para estados e municípios
Padilha também ressaltou a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), em sessão ocorrida dia 23, de autorizar estados e municípios a comprar e fornecer vacinas contra a Covid19 “Tem que pressionar o Doria a vacinar toda a população”, instigou Padilha em sua fala na live.
A presidente do SinPsi, Fernanda Magano, destacou o descaso do governo e do Ministério da Saúde na vacinação. Para ela, é necessário travar uma batalha em 2022 para mudar o governo que aí está. Confira no áudio abaixo a íntegra da fala de Fernanda Magano.
Clique aqui para acessar a íntegra da live.