Por Vanessa Ramos – CUT-SP
No dia 7 de abril, Dia Mundial da Saúde, a CUT e seus sindicatos evidenciam os cuidados com a vida e a segurança dos profissionais nos serviços essenciais diante da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Em São Paulo, sindicatos que atuam na saúde lançaram um manifesto em defesa dos trabalhadores e dos serviços essenciais. “Os passos tomados por cada país e seus governantes, seus acertos e seus erros, selarão o destino da sua população”, afirma o documento. (Clique para ler a íntegra)
Os trabalhadores que atuam diretamente com pacientes infectados correm risco à saúde pela falta de Equipamentos Individuais de Saúde (EPI) e estrutura neste momento. Já há casos confirmados de óbitos de profissionais da saúde.
“Esta pandemia nos mostra o quanto o investimento na seguridade social, portanto em Previdência, assistência e, principalmente na saúde por meio do SUS, é fundamental no desenvolvimento do país. Hoje muitas pessoas acometidas pela Covid-19 estão se mantendo vivas graças à atuação de trabalhadores da saúde que atuam no cuidado direto a população que foi acometida pelo coronavírus” afirma o secretário de saúde do trabalhador da CUT São Paulo, José Freire.
Frente a isso, a CUT lançará no dia 7 de abril a campanha “Defender o SUS é Defender a Vida” e convida toda a população a se somar aos aplausos nas janelas de cada residência, às 20h30, como forma de homenagear os trabalhadores da saúde que zelam pela vida do país.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apresentam que no mundo foram confirmados 896.450 casos de Covid-19 e 45.526 mortes. No Brasil há 7.910 casos e 299 mortes. Os dados foram atualizados até o dia 2 de abril.
Ao contrário dos pronunciamentos do presidente da República, Jair Bolsonaro, de que esta pandemia seria apenas uma “gripezinha”, o Ministério da Saúde do país declarou que há transmissão comunitária da Covid-19 em todo o território brasileiro.
Segundo balanço do Ministério da Saúde, divulgado no dia 31 de março, foram confirmadas 136 mortes pelo novo coronavírus no estado de São Paulo, com 2.339 casos notificados.
De acordo com o presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo, a central tem acompanhando as principais crises advindas deste momento para exigir dos governos e dos empregadores do sistema privado a garantia de proteção e segurança no desempenho de suas funções.
“Houve uma reunião por videoconferência entre as centrais sindicais e o governo de São Paulo nos últimos dias e falamos sobre as demandas dos sindicatos em relação à defasagem de servidores, a falta de diálogo com a categoria e a urgência no fornecimento dos EPIs para os servidores”, relatou o dirigente.