Acontece no Rio de Janeiro, de 7 a 9 de setembro, o 6º Fórum de Direitos Humanos e Saúde Mental, organizado pela Abrasme – Associação Brasileira de Saúde Mental. De acordo com o site da entidade, “desde 2013, o Fórum tem se consolidado como um espaço de encontro, debates e aprofundamento de discussões na interlocução da saúde mental com a defesa dos direitos humanos”.
Sob o tema escolhido para esta edição é “tecendo experiências de protagonismo pela democracia, direitos humanos e saúde mental”, o Fórum reunirá pesquisadores, profissionais de diversas áreas, estudantes, que apresentarão resultados de estudos teóricos e atividades práticas ligadas à cidadania e saúde mental. Mais de 80 debatedores estão confirmados, entre eles, Rogério Giannini, presidente do SinPsi, Fernanda Magano, diretora do Sindicato e da Federação Nacional das Psicólogas, Norian Segatto, jornalista do SinPsi e diretor de Saúde da Federação Nacional dos Jornalistas, Fernando Pigatto, presidente do Conselho Nacional de Saúde, Paulo Vanucchi, ex-ministro dos Direitos Humanos e membro da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, Sidarta Ribeiro, pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Reconstrução da democracia
O 6º Fórum de Direitos Humanos e Saúde Mental antecede a 5ª Conferência Nacional de Saúde Mental, que acontece em dezembro e deverá apontar perspectivas e tendências que serão debatidas nacionalmente para a formulação de um plano de ação.
A presidenta da Abrasme, Ana Paula Guljor, relembra que o fórum de Direitos Humanos e Saude Mental completa este ano 10 anos. “Desde então tem como marca o debate da agenda política nacional a partir de temas fundamentais na construção de políticas públicas para o campo. A compreensão das pautas interseccionais como intrínsecas à reforma psiquiátrica Brasileira faz dos fóruns da Abrasme uma inovação desde sua fundação. Desta forma, realizar o fórum em 2023, ano de reconstrução da democracia e de construção de protagonismo dos movimentos sociais e, no campo antimanicomial de usuários e familiares, faz deste fórum um evento imprescindível, em setembro, para o aprofundamento da agenda que será disputada na 5ª Conferencia Nacional de Saúde Mental. Compreender a construção de políticas públicas antimanicomiais significa um olhar para a saúde mental inserido nas questões políticas sociais e econômicas do país bem como debatendo as pautas advindas dos movimentos sociais cuja presença em cada mesa de debates, rodas de conversas e vídeo mostras reverbera a complexidade desta luta”.