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Mulheres nas ruas neste 8M pela vida de todas

Violência contra mulheres é um dos principais temas do Dia Internacional das Mulheres 2025

7mar2025 Por Norian Segatto

Até você terminar de ler esta matéria terá ocorrido um feminicídio. Segundo dados da Organização das Nações Unidad (ONU), no mundo, a cada 10 minutos, uma mulher ou menina é assassinada por razão de gênero. Segundo o relatório apresentado em novembro de 2024, referente ao ano anterior, 85 mil mulheres foram mortas intencionalmente em 2023, 60% desses crimes (cerca de 51 mil vítimas) foram cometidos por parceiros ou membros da família.  

E o Brasil tem grande parcela nesta tenebrosa estatística, o país ocupa o 5º. lugar no  ranking mundial de feminicídios, atrás apenas de El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia.

De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), em 2023 1.463 mulheres foram vítimas de feminicídio, um crescimento de 1,6% em relação ao ano anterior. Desde a implementação da Lei 13.104/2015 (que tipifica o feminicídio como circunstância qualificada de homicídio), ao menos 10.655 mulheres foram mortas em razão do gênero.

Mortes por razão de gênero por ano

  • 2015: 449 
  • 2016: 892
  • 2017: 1.151
  • 2018: 1.229 
  • 2019: 1.330 
  • 2020: 1.354
  • 2021: 1.347
  • 2022: 1.440 
  • 2023: 1.463

Dados do FBSP

O governo, no entanto, trabalha com outros números. Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, em 2024 houve redução de 5,1% dos casos registrados em relação a 2023, ano que já havia apresentado um decréscimo de 2% em relação a 2022. Os dados são fornecidos pelo Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp). “Até outubro de 2024, os estados e o Distrito Federal comunicaram ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) 1.128 mortes por feminicídio”, informou o MJSP. 

Em 2024, o Sinesp registrou 1.387 casos de feminicídio e 78.463 casos de estupro.

Discrepâncias à parte, é inequívoco que o Brasil é um país onde com altíssimo índice de feminicídios.

Pessoas trans

Em 2024, 122 pessoas trans e travestis foram assassinadas no Brasil. Os dados são da 8ª edição do Dossiê Assassinatos e Violências contra Travestis e Transexuais Brasileiras, lançado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), e o número representa uma redução de 16% em relação ao ano anterior.

Mais do números, essa realidade impõe a toda a sociedade, a necessidade de um firme posicionamento e essa é a principal bandeira que irá mover o Dia Internacional da Mulher neste 8 de março.

Outros temas que terão destaque nas manifestações são a redução da jornada de trabalho, direitos reprodutivos e a luta contra a anistia de golpista.

Em São Paulo, o ato começa neste sábado, 8mar, às 14 horas na Avenida Paulista (no vão do Masp, que continua interditado) com caminhada prevista até a praça Oswaldo Cruz. Participe, leve seu cartaz, sua coragem e indignação.

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